24.5.14

Cannes 2014: Robert no ‘Le Grand Journal’
























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Antoine: É um filme maluco de estrada, violento, tendo lugares no largo espaço australiano, e num futuro próximo, então não é um remake de Mad Max, certo?

Guy Pearce: Oh, eu não penso que é Mad Max novamente. Não é consideravelmente tão provocador/de campo como Mad Max. Mad Max tem este certo nível de surrealidade, o nosso é mais frio, e encara mais valores/a verdade.

Antoine: É o segundo filme de David Michôd, ele também dirigiu o grande Reino Animal em 2011 no qual você também interpretou, Guy. E você Rob, quando viu o filme, fez um comentário divertido e disse que era a primeira vez que você realmente sentiu que se viu como um adulto.

Robert Pattinson: Sim, não tenho certeza se isso é verdade completa. Mas sim, apenas no ano passado… De alguma forma, eu não sei. Este é provavelmente o filme mais maduro que já fiz, além de Cosmópolis que foi bem maduro.


Antoine: Cosmópolis de Cronenberg, com quem você trabalhou novamente neste ano. Vamos falar sobre isso mais tarde.

Augustin: Nós temos que dizer Antoine que é uma performance verdadeira, o papel desta personagem Rey, que é um pequeno deficiente mental, com a voz cansada e gestos estranhos, e que parece sempre parecer perdido. Isso não é realmente o tipo de papel que estamos acostumado a vê-lo interpretar, Robert Pattinson. Isso foi um desafio como ator para você?

Robert Pattinson: Sim, mas foi meio que ótimo ao mesmo tempo. Foi um papel livre. Não havia muitas constrições. Com essa performance, você poderia fazer qualquer coisa que quisesse e, além disso, o roteiro era tão perfeito, eu não tive que fazer nada.

Antoine: Guy, você pode nos explicar o que Rover* significa? Eu penso que isso tem um duplo significado, que dá significado ao filme.

Guy Pearce: Bem, eu não sei se consigo explicar o que rover é. Eu penso, que você está certo, há provavelmente vários significados e há um que não vou explicar aqui porque poderia dar muitas informações. Há este sentido de busca, de procura e com o personagem que eu interpreto – ele meio que perdeu tudo em sua vida. Ele está numa espécie de missão agora, tentando fazer esta única coisa em sua vida. É uma história pesada, é alguém que alcançou o fim da estrada, a estrada nômade.

Augustin: A história toma lugares bem no meio do deserto australiano, eu penso que os principais problemas que vocês tiveram enquanto filmavam foram os mosquitos, as condições de filmagem eram muito mais complicadas do que eu entendi, certo Robert Pattinson?

Robert Pattinson: Sim, foi meio inacreditável. Eu nunca percebi que o chapéu australiano que eu comprei, na verdade, tinha um propósito. Pensei que fosse uma regra de moda. É meio que incrível depois de um tempo que você se acostuma a isso, você fica zen e em paz. Na verdade, é triste.

Antoine: Guy, o deserto australiano não tem mais segredos com você desde você interpretou em Priscila, a Rainha do Deserto em 1994. Você conseguiu se remover do papel de Felicia ou você continuou com os vestidos para desfilar no tapete vermelho?

Guy Pearce: Eu, na verdade, nem tenho mais os vestidos. Eu não acho que eles servem mais, estou mais pesado do que costumava ser e essencialmente deixei de lado os saltos agulha. Penso que eles estão num museu agora. Tenho boas memórias disso. Eu não estava aqui, mas eu acho que o filme foi apresentada aqui há 20 anos.

Antoine: Estão me dizendo que Sebastian está em algum lugar na multidão.

Sebastian: Nós temos enormes convidados agora, não é Kev Adams ou Tomer Sisley, é Robert e Guy e encontramos uma família de Cannes esta manhã que tem seu próprio salão de beleza, há Lena, tia Yvonne, a família toda está aqui e eles tem uma pergunta: Robert, você está solteiro? E se você estiver, a família toda tem uma chance com você?

Robert Pattinson: Huh, sim.

Antoine: Robert, você é da família no la Croisette e você também está na competição com Maps to the Stars de David Cronenberg. Há dois anos, você desfilou no tapete vermelho, ainda com David Cronenberg. Eu sei que você é um grande fã de Cannes, porque me contaram que quando você era uma criança poderia comprar cada DVD com o logo de Cannes nele só para mostrar na frente de seus amigos. É verdade?

Robert Pattinson: Sim, eu costumava pensar que isso iria realmente impressionar as pessoas, mas isso é só na França. Mas sim, eu faria isso para tentar alcançar as garotas.

Antoine: Guy, você trabalhou com Curtis Hanson, Christopher Nola, Riddle Scott. David Cronenberg está entre os diretores que você gostaria de trabalhar hoje?

Guy Pearce: David Cronenberg, certamente. Se ele pensasse que eu fosse certo para o papel – quero dizer, David obviamente é um diretor incrível, alguém que empurra os limites e explora territórios interessantes, então como um ator, eu acharia qualquer coisa que ele me oferecesse interessante para fazer. Se ele está aí fora e procurando por um homem australiano, estou dentro.

Antoine: Robert, se você pudesse arranjar isso, seria muito cortês de sua parte.

Guy Pearce: Robert, se você arranjasse um trabalho para mim com David, eu vou encontrar uma namorada para você aqui em Cannes.


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