Seguida por um exército de assistentes e guarda-costas, assim como um cinegrafista que filma tudo que ela faz, ela chega ao telhado do hotel como uma ministra numa visita oficial. “Estou quebrada… mas de uma forma boa. Eu cheguei ontem no último minuto de uma filmagem em New Orleans, e estou indo embora logo depois disso.”
“Desde eu tinha 10 anos, eu me consagrei ao cinema e, de repente, me encontro aqui junto da elite… Quero dizer, uau. Eu não estou acostumada a me divertir, mas aqui eu quero me virar e dizer ‘é isso aí, porra, eu consegui’.”
ROBERT
Robert Pattinson, ator em The Rover de David Michôd.
“Você não saberia se Leos Carax está por perto, por acaso?” Robert Pattinson pergunta ingenuamente (ele está vestido uma camisa branca sobre uma camiseta caqui que foi comida pelas traças) quando mencionamos Juliette Binoche e The Lovers on the Bridge, um de seus filmes favoritos. Nós explicamos a ele que o pai de Monsieur Merde não é um grande fã da vida social em Cannes, mas é possível encontrá-lo todas as manhãs na hora do café da manhã e croissant em um bar no 20º distrito de Paris.
“Uau, sério?” Rob parece pronto para assim que formos embora pular num trem em direção a estação de trem Lyon. Um filme de Carax com Pattinson? Porquê não. Nada parece proibido para o ator britânico – que se tornou famoso com Crepúsculo, e hoje é cortejado pelos autores mais prestigiados no planeta.
Apenas olhe sua agenda: Lawrence of Arabia para Werner Herzog (já filmado), e explorador para James Gray (próximo ano), um gangster de Chicago na década de 70 para Olivier Assayas e um papel indefinido no próximo de Harmony Korine… E, é claro, dois filmes neste ano em Cannes: em competição com David Cronenberg (mas desta vez ele é quem dirige a limousine) e uma exibição da meia-noite com o grande The Rover do australiano David Michôd. “Honestamente, isso é exatamente o que eu estava esperando. Eu tenho trabalhado como um louco por cinco anos e tenho tentado formar relações com diretores que eu admiro.” A realização deste plano de batalha parece impecável, realmente.
“Robert é um ator extremamente maleável, muito inteligente, agradável e fácil de dirigir,” David Cronenberg nos conta. David Michôd, por seu papel, foi impressionado por seu espírito de iniciativa: “Ele veio para os ensaios com uma ideia muito específica de quem seu personagem devia ser, foi impressionante.” Sem mencionar seu espírito de companheirismo e sua cantoria a noite no meio do deserto, ao redor de uma fogueira – ele se torna estranhamente tímida quando lhe perguntamos que tipo de música ele gosta de tocar.
No fim da entrevista, ele terminou sua garrafa de água de 1 litro (a noite anterior foi, obviamente, bem celebrada) e foi embora, em direção aos novos céus.
(Café des Arts, 80. Rua Belleville, Paris 10º distrito, mas silêncio, não contamos nada para você.)




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