17.6.14

Cannes 2014: Entrevista de Robert com Le Figaro



Com dois filmes na seleção oficial em Cannes, o ator lida serenamento com o “pós-Crepúsculo“.

No terraço do Palais des Festivals varrido pelo vento, um homem com sua cabeça dobrada em seus ombros, pega seu cigarro. Um segurança fica há alguns metros dele. O fumante anônimo é Robert Pattinson. Com dois filmes na seleção oficial, Maps To The Stars, de David Cronenberg, e The Rover, de David Michôd, o ator foi uma das atrações em Cannes. Quando chegamos no nosso encontro marcado no Croissete, ele não parecia em forma. No dia antes, ele fechou o Silencio, um clube parisiense colocado em Cannes durante o festival. Ele acordou dez minutos antes de seus compromissos com a imprensa.

Ele está cansado e espontâneo, disposto a falar sobre estes dois cineastas que ajudaram ele a enterrar o vampiro sensual. O herói da Saga Crepúsculo paga primeiro sua dívida com o canadense Cronenberg. Como em Cosmópolis, em 2012, Pattinson está de volta na limousine em Maps To The Stars, mas desta vez atrás do volante. “É um papel coadjuvante, mas eu disse sim mesmo antes de ler o roteiro. Eu faria qualquer coisa com este cara.” Seu personagem é um motorista de limousine em Hollywood que se apresenta como um “ator escritor”. “Eu costumava dizer isso no começo, mas não mais,” brinca o britânico que se mudou para Los Angeles há vários anos. “Senti falta de Londres no começo, mas a maioria dos meus amigos foi embora e Los Angeles é uma cidade bonita, dinâmica. E, ao mesmo tempo, muito estranha. Tudo depende das pessoas que você anda…”

Prazeres Simples

Em Hollywood, roteiros e cineastas vão até ele. Deste modo David Michôd, que Pattinson admira pelo seu primeiro filme, Reino Animal, o conhece e escolhe ele entre milhares de atores. Por que ele? “Porque seu rosto me fascina, ele é bonito atípico,” o diretor nos conta. O ator passou sete semanas no deserto australiano, há nove horas de carro da cidade mais próxima. Ele gostou da solidão, uma luxúria real para este ator jovem de 28 anos que é perturbado pelos paparazzis.

A estrela descobriu prazeres simples: “Eu adorei ser capaz de fazer xixi pacificamente na natureza.” O modelo também gostou de quebrar um pouco sua imagem icônica para os adolescentes com um personagem incerto. “Na primeira leitura, eu me perguntei se este cara era deficiente mental. David Michôd me disse que ele não sabia. Eu fiz muita improvisação, mas eu penso que todas elas foram cortadas!”

Desde então, Pattinson filmou com Werner Herzog e Anton Corbijn. Próximos filmes com James Gray, Harmony Korine e Olivier Assayas já foram anunciados. Ele até poderia ser um dos candidatos ao papel de Indiana Jones, como uma substituição de Harrison Ford. Um empurrão para sua carreira, que não precisa de um.


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