19.1.14

Sundance: Entrevista de Kristen, Peter e Payman ao USA Today



Kristen Stewart encontrou um terreno comum entre ela e a taciturna guarda de Baía de Guantánamo que interpretou em Camp X-Ray, que estreou sexta-feira no Sundance Film Festival.

“Ela tinha aspectos que eu tenho e eu realmente senti isso,” disse Stewart. Amy Cole é designada para proteger as pessoas detidas durante anos na Baía de Guantánamo. O filme é uma história de ficção sobre uma amizade que se desenvolve entre Cole e Ali, um suspeito de terrorismo preso na base naval dos EUA, logo após o 11 de setembro de 2001.

Stewart falou sobre retratar alguém que é não tão diferente de si mesma, presumidamente em contraste com a interpretação de uma adolescente apaixonada por um vampiro nos filmes de Crepúsculo.

Quando perguntada sobre suas experiências filmando, ela brincou: “Eu esqueci como virar para esquerda, eu estava em constante rotação.” Referindo-se a sua personagem fazendo rondas em um pequeno conjunto de celas, muitas vezes empurrando um carrinho de livros da biblioteca.

Em um tom mais sério, ela falou sobre a importância da preparação para o papel.

“O ensaio era muito necessário”, ela disse. “Felizmente, há uma grande quantidade de material [para pesquisa]. Existem vários documentários que nós assistimos. Haviam memórias escritas em ambos os lados da moeda. Então eu sai com este Fuzileiro Naval realmente incrível por três dias e aprendi coisas de uma forma muito rápida.”

Entre eles, como ficar de pé e andar como um fuzileiro naval.

“Ele literalmente me mostrou como andar”, disse Stewart. ”Não é um papel fisicamente extenuante, mas deve ficar claro que tenho treinamento – apesar de que eu só ando em círculos.”

Tão quanto essencial como sua postura ereta era, era também necessário aprofundar o estado interno de sua personagem.

“O que foi importante para mim era descobrir quem ela era”, disse Stewart.

Quando perguntada ainda sobre o papel, ela deferiu para sua co-estrela, Payman Maadi, que interpreta Ali.

“Você é tão carismático”, disse ela para ele.

Maadi alegremente levou a sugestão. “Nós ensaiamos por uma semana. Foi como ensaios de teatro para nós. Nós compartilhamos um monte de ideias. Foi muito importante para obter o sentimento.

“Nós fizemos outra coisa: Alguns de nós ficamos em celas. Nós pedimos para sermos trancados. Eu fiquei lá por um par de horas…”

O escritor e diretor de Camp X-Ray, Peter Sattler, adicionou: “Nós só o deixamos lá.”

Maadi brincou: “Eu só sai para isso. Eu vou voltar.”

Sattler disse que procurou aproximar-se da história do ângulo pessoal, e não político.

“Eu sempre fui atraído por pequenas histórias sobre as grandes coisas”, disse Sattler. “Baía de Guantánamo é um assunto estranho. Ele é repleto de todos os tipos de coisas espinhosas para andar na ponta dos pés. Porque há tanta propaganda que o rodeia, desde o princípio queríamos fazer um filme que não era propaganda de nada, que não diz o que pensamos, mas apenas uma forma de apresentar uma história muito humana.”

A ideia derivou de uma imagem que ele viu em um documentário em que um detento e um guarda estavam falando sobre livros com um carrinho por perto.

“Eu pensei, ‘Uau, e se colocasse isso meio que em um filme com dois personagens e uma sala, em que esses dois personagens apenas conversam? Sobre o que estas duas pessoas falam? Como seria a relação deles?’ Parecia uma forma legal de resolver Baía de Guantánamo indiretamente. Mão se trata da Baía de Guantánamo, mas podemos ainda meio que tocar no assunto.”

Via

Nenhum comentário:

Postar um comentário